O formato dos folhetos têm origem nos
cordéis portugueses, trazidos para o Brasil durante a colonização. Esses
folhetos retratavam histórias de reis e rainhas e eram populares também em
outros países europeus, como a Inglaterra, a França e a Espanha.
Eram publicações adaptadas de livros
eruditos escritos para a elite e destinados ao povo. Impressos em folhas
simples e em grande quantidade, eram vendidos a preços acessíveis.
Apesar do formato da literatura de cordel
brasileira ter se inspirado nos folhetos lusitanos, em relação ao conteúdo,
essa manifestação cultural ganha autonomia e originalidade com os poetas
brasileiros.
Inicialmente, a poesia cordelista era
marcada exclusivamente pela oralidade. As rimas feitas pelos poetas nordestinos
eram faladas e cantadas, o que se justifica pelas altas taxas de analfabetismo
na região.
Mas com o surgimento da imprensa e também
com o crescimento da alfabetização, os folhetos passaram a ser impressos em
papel. A passagem dos versos para a escrita, no entanto, nunca retirou da
tradição o caráter da oralidade, que é característica essencial do cordel até
os dias de hoje.
O primeiro cordelista a imprimir seus
versos foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918), um dos maiores nomes desse
estilo literário. Seu folheto foi impresso em 1907 e nas décadas seguintes
várias editoras de cordel foram surgindo.
Fonte: https://www.significados.com.br/literatura-de-cordel/
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